A REFORMA PROTESTANTE E A CENTRALIDADE DE CRISTO PARA DAR SENTIDO A TODA EXISTÊNCIA.

A CAÇA AOS BRUXOS, A REFORMA PROTESTANTE E A CENTRALIDADE DE CRISTO PARA DAR SENTIDO A TODA EXISTÊNCIA.

O mundo antes da reforma protestante vivia num estado de coma de divulgação de produção intelectual e científica, pois a igreja cristã católica detinha o poder de certificar o que era aceitável e o que não entrava em confronto com os dogmas de fé estabelecidos. Galileu foi acusado de heresia em 1633 por ter comprovado a teoria de Nicolau Copernico de que a terra não era o centro do universo. 

O povo não tinha acesso às cópias dos evangelhos devido ao fato de que a maioria da população cristã era analfabeta e não sabia ler em grego, hebraico ou Latin. Por essa razão, o povo estava cativo a acreditar em tudo o que o clero dizia. As pessoas comuns, que nem falavam latim nem podiam ler, só podiam aprender com o clero. E muito do que eles achavam que sabiam, ideias como o fogo do inferno e o purgatório, não faziam parte das Escrituras.

Vários homens foram condenados à fogueira pelo crime de heresia por tentarem popularizar  acesso aos evangelhos através da tradução da Bíblia para suas línguas maternas. Jan Hus foi torturado e queimado vivo por ter traduzido a Bíblia para o Holandês. Wycliffe teve seus ossos queimados e Williams Tyndale foi assado na fogueira e centenas de seus alunos foram trancados em calabouços até a morte por terem traduzidos a Bíblia para o Inglês.

 

Tyndale e Wycliff diziam que a Bíblia deveria estar disponível para todos via alfabetização como a chave para a emancipação e libertação dos pobres do medo e da ignorância produzidos pelo clero e o papado.

Matinho Lutero traduziu a Bíblia para o alemão e iniciou o sistema de alfabetização do povo para que eles pudessem ler e interpretar a Bíblia por si só. Naqueles tempos, tanto a leitura, quanto a interpretação das escrituras só podiam ser feita pela Igreja e ninguém mais. Lutero era um Padre Agostiniano, e foi com a leitura dos Evangelhos  e do livro de Paulo aos romanos que ele chegou ao encontro da graça salvadora em Jesus. Para combater a manipulação da Igreja, que adicionava histórias e mentiras que não continham nas escrituras, Lutero declarou que o povo não deveria dar ouvido ao clero, mas somente as escrituras sagradas. 

Quando Lutero foi intimado pelo Papa e obrigado a negar todas as suas falas e escritos, o Padre então disse: “Minha consciência está cativa a Cristo, portanto, não é bom que o homem lute contra sua própria consciência”.

Essa fala de Lutero estabeleceu um dos princípios fundamentais do ser humano que vive em um estado laico; a liberdade de consciência.

Lutero cria que a Bíblia, em especial os evangelhos, era como uma bula que apresentava JESUS ao pecador, o único capaz de restaurar a vida e reconciliar o homem ao Criador.

Em tempos de obscurantismo e de perseguição a quem ousasse trazer luz, quando cristãos eram mortos por outros cristão que queimavam seus semelhantes em nome de “deus”. Em tempos quando homens ousaram libertar a mente do povo do medo e das superstições criadas pelos poderosos corruptos donos da “fé”, e por isso eram levados aos tribunais inquisidores, se faz mais que importante declarar que é somente por meio do Cristo que a fé se manifesta, somente pelo Cristo que a Graca salvadora se faz eficaz, somente por meio do Cristo que toda a escritura se faz relevante, atual e viva e foi somente pelo Cristo que a glória de Deus se manifestou viva entre os homens.

Deixemos nossa existência cativa ao Cristo, o único e todo suficiente Verbo de Deus.

Pr. Antoniel.

Bacharel em teologia/ Bacharelando em Direito/ professor de Inglês.